Em 1º turno, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito por mais dois anos como presidente do Senado Federal, com 49 votos. Seu adversário, Rogério Marinho (PL-RN), recebeu 32 votos. A eleição ocorreu durante a tarde desta quarta-feira (1º).
Pacheco tinha o apoio da maioria dos partidos, como MDB, PSB, PDT, União Brasil e Rede, além de seu próprio PSD. O Partido dos Trabalhadores (PT) também integrou a lista em favor da campanha do senador mineiro contra Marinho, que por sua vez era visto como uma aposta do bolsonarismo no Senado.
“O Brasil precisa mesmo de pacificação. Os poderes da República precisam trabalhar em harmonia, buscando o consenso pelo diálogo. […] O Senado Federal também precisa de pacificação para bem desempenhar suas funções de legislar e de fiscalizar”, disse Pacheco após a confirmação de sua vitória. “Os interesses do país estão além, e acima, de questões partidárias. Nós, senadores e senadoras, precisamos nos unir pelo Brasil”, continuou.
Pacheco aproveitou a sua fala para afirmar que pacificar o país não significa omissão ou leniência, além de criticar ações antidemocráticas. “Pacificação não é inflamar a população com narrativas inverídicas, tampouco com soluções aparentes, que na verdade geram instabilidade institucional. […] Pacificação é lutar pela verdade. Pacificação é abandonar o discurso de ‘nós’ contra ‘eles’, e entender que o Brasil é imenso e diverso, mas um só”, disse.
Quem é Rodrigo Pacheco?
Rodrigo Otavio Soares Pacheco, 46, nasceu em Porto Velho, capital de Rondônia, mas foi criado em Minas Gerais, estado esse que o elegeu senador em 2018. Antes disso, havia sido eleito para um mandato como deputado federal.
Advogado, Pacheco atuou na área criminal. Foi professor universitário, defensor federal dativo e, também, membro do Tribunal de Justiça Desportiva.
Na política, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, além de ser pré-candidato ao governo de Minas Gerais e candidato à presidência.