quinta-feira, novembro 21, 2024
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PF indicia Bolsonaro e outros 36 em investigação de golpe de Estado; veja a lista

A Polícia Federal apresentou nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um extenso relatório, com mais de 800 páginas, que propõe o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros 36. Os acusados, segundo o inquérito, estariam envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A investigação aponta a existência de uma articulação entre civis, militares e agentes políticos para subverter o resultado eleitoral e romper com a ordem democrática.

O relatório da PF — que até 16h desta quinta não havia se tornado público — detalha as ações e envolvimentos de cada indiciado, descrevendo reuniões estratégicas, pressões sobre comandantes militares, incitação de grupos antidemocráticos e o uso de recursos públicos para viabilizar o plano. Agora, cabe à Procuradoria-geral da República (PGR) denunciar os indiciados ao Supremo, pedir mais informações ou arquivar o caso. Caso aceite a denúncia, eles se tornam réus e, então, serão julgados pela Corte.

As penas previstas variam de 4 a 12 anos de prisão para golpe de Estado; 4 a 8 anos para abolição violenta do Estado democrático de Direito; e 3 a 8 anos por integrar organização criminosa.

Confira a lista completa dos indiciados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros: Capitão reformado do Exército, envolvido no esquema de falsificação de vacinas.
  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva: Coronel do Exército e coautor do documento golpista intitulado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”.
  • Alexandre Rodrigues Ramagem: Deputado federal, ex-diretor-geral da Abin e delegado da Polícia Federal.
  • Almir Garnier Santos: Ex-comandante da Marinha, apontado por apoiar estratégias golpistas.
  • Amauri Feres Saad: Advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como mentor intelectual da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres.
  • Anderson Gustavo Torres: Ex-ministro da Justiça, acusado de facilitar operações ilegais ligadas ao golpe.
  • Anderson Lima de Moura: Coronel do Exército e coautor da “Carta ao Comandante do Exército”.
  • Angelo Martins Denicoli: Major da reserva, ex-diretor no Ministério da Saúde durante a gestão Eduardo Pazuello.
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira: General da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
  • Bernardo Romão Correa Netto: Acusado de incitar militares a aderirem a estratégias de intervenção para impedir a posse de Lula.
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha: Investigado por envolvimento no planejamento golpista.
  • Carlos Giovani Delevati Pasini: Relacionado a articulações no núcleo militar do esquema.
  • Cleverson Ney Magalhães: Coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres.
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira: Ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.
  • Fabrício Moreira de Bastos: Envolvido em ações logísticas do grupo.
  • Filipe Garcia Martins: Ex-assessor de Bolsonaro, participou de reuniões sobre a minuta golpista.
  • Fernando Cerimedo: Relacionado à disseminação de desinformação e apoio estratégico.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues: Atuou na logística de ações planejadas.
  • Guilherme Marques de Almeida: Envolvido em articulações de apoio ao golpe.
  • Hélio Ferreira Lima: Tenente-coronel do Exército, identificado em mensagens com Mauro Cid.
  • Jair Messias Bolsonaro: Ex-presidente, apontado como líder do plano golpista e disseminador de desinformação.
  • José Eduardo de Oliveira e Silva: Investigado por apoio logístico às ações golpistas.
  • Laercio Vergilio: Relacionado a estratégias do núcleo civil.
  • Marcelo Bormevet: Policial federal suspeito de integrar o esquema de espionagem ilegal conhecido como “Abin paralela”.
  • Marcelo Costa Câmara: Ex-assessor de Bolsonaro, envolvido no planejamento de ações golpistas.
  • Mario Fernandes: General da reserva, suspeito de participar de grupo que planejou atentados contra Lula, Alckmin e Moraes.
  • Mauro Cesar Barbosa Cid: Ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel do Exército, envolvido em falsificação de dados e planejamento estratégico.
  • Nilton Diniz Rodrigues: Atuou na articulação de ações antidemocráticas.
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: Neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, associado a articulações golpistas.
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: Ex-comandante do Exército, acusado de conivência e participação em reuniões estratégicas.
  • Rafael Martins de Oliveira: Major do Exército e integrante de grupo extremista conhecido como “kids pretos”.
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior: Oficial do Exército relacionado às articulações do golpe.
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros: Major do Exército envolvido no planejamento estratégico.
  • Tércio Arnaud Tomaz: Ex-assessor de Bolsonaro, apontado como figura central no “gabinete do ódio”.
  • Valdemar Costa Neto: Presidente do PL, partido de Bolsonaro, acusado de apoiar financeiramente o plano golpista.
  • Walter Souza Braga Netto: General da reserva, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Bolsonaro em 2022.
  • Wladimir Matos Soares: Policial federal, suspeito de integrar grupo que planejou atentados contra Lula, Alckmin e Moraes.

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