Pela primeira vez desde o início da guerra, a Rússia utilizou, nesta segunda-feira, 17, drones kamikazes para atingir alvos em Kiev, na Ucrânia. A ação acontece um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, declarar que não via necessidade em bombardear de forma massiva o país vizinho. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas durante os bombardeios.
Os drones, chamados de Shared-136, já vinham sendo usados contra uma infraestrutura de energia da Ucrânia desde setembro. No entanto, os ataques russos escalaram para uma ofensiva também contra a capital ucraniana.
Tal escalada sobre Kiev vem dias após a explosão de Kerch, principal meio caminho que liga a Crimeia à Rússia.
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Segundo o site “Military Factory”, site especializado em notícias aeroespaciais, os drones são de fabricação iraniana. Seu uso é focado em alvos terrestres à distância. Ao contrário dos drones militares convencionais, que retornam à base após o lançamento de mísseis, o Shared-136 é feito para ser descartável, ou seja, é destruído assim que atinge o seu alvo.
Pequenos e portáteis, a capacidade de carga útil dos ‘drones kamikazes’ é de 50 quilos, o que faz o equipamento ser classificado como uma arma de capacidade de destruição limitada.
A presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia comprou cerca de 2,4 mil drones desse tipo para realizar ataques ao país. O Irã negou que tenha fornecido tais armas à Rússia.
Os Estados Unidos sinalizaram que irão acelerar o processo de entrega de sistemas de defesa aérea prometidos pela NASA, que também são usados para proteger o Pentágono.