O Sistema Cantareira, que é responsável pelo abastecimento de diversos municípios da região metropolitana de São Paulo, entrou na faixa de alerta. Com o seu volume de água caindo dia após dia, o reservatório opera com apenas 39,2% da sua capacidade. O nível é considerado crítico e requer mais responsabilidade da população para evitar racionamentos.
De ontem para hoje, o sistema Cantareira perdeu 0,10% da sua capacidade máxima. Isso significa que 98 milhões de litros de água foram retirados da represa e não foram repostos.
Já na última semana, 0,60% da capacidade do reservatório foi perdida. Ao todo, isso equivale 589 milhões de litros.
Apesar da situação crítica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) salienta que no momento não há risco de desabastecimento para as quase 6,5 milhões de pessoas que dependem da água do Cantareira, mas que é necessário prudência e consciência para evitar desperdícios.
A companhia frisou que o Sistema Integrado Metropolitano, que é composto por outros seis mananciais, como o Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço, torna a situação um pouco menos preocupante.
“Desde a crise hídrica, os investimentos da Companhia tornaram o Sistema Integrado mais robusto e flexível (sendo possível abastecer áreas diferentes com mais de um sistema), com destaque para a implantação do novo sistema São Lourenço e para a interligação da bacia do Paraíba do Sul com o Cantareira”, disse em nota.
De acordo com a Sabesp, com o sistema integrado, o volume do Cantareira pode ser considerado 54,7%. O nível é maior do que o registrado na mesma época do ano passado, quando o total era de 51%. Naquele momento, segundo apontou a companhia, não houve desabastecimento.