A greve dos motoristas e cobradores de São Paulo, a segunda realizada em um espaço de 15 dias, tornou o dia caótico na maior metrópole do país. Com 675 linhas paralisadas, o que corresponde a 6.008 ônibus, cerca de 1,5 milhões de pessoas que dependem do transporte público diariamente foram afetadas nesta quarta-feira, 29.
Imagens divulgadas pela manhã em jornais televisivos mostraram a dificuldade dos moradores da capital em se deslocarem até os seus trabalhos. Diante da pouca oferta de ônibus nas ruas, a população teve que dar um jeito para conseguir chegar em seus destinos.
Nos poucos ônibus em circulação, que pertencem a empresas que não aderiram à greve, os passageiros eram vistos pendurados na porta. Além disso, os terminais ficaram lotados e as plataformas de trens e metrôs, excederam a capacidade.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o congestionamento na capital, que já é conhecida por seu trânsito intenso, chegou a 146 km. O pior cenário registrado foi na região sul, seguida da oeste e leste.
Em nota, a prefeitura de São Paulo lamentou a situação e afirmou que solicitou que a Justiça aumente o valor da multa cobrada em cima das empresas que não respeitaram o acordo feito em que 80% da frota precisaria operar.
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizado”, afirmou.