Desemprego no Brasil atinge 11,1% e se mantém estável no 1º trimestre, segundo IBGE

 Desemprego no Brasil atinge 11,1% e se mantém estável no 1º trimestre, segundo IBGE

Imagem: Reprodução

De acordo com dados fornecidos nesta sexta-feira, 29, pela PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou estável no 1º trimestre de 2022, atingindo 11,1%. Os números apontados demonstram queda em comparação ao mesmo período de 2021, que registrou (14,9%). Essa taxa é a menor para os primeiros trimestres em seis anos, desde 2016.

Apesar da estabilidade, que atinge 11,9 milhões de brasileiros, a renda média do trabalhador teve alta de 1,5% em relação ao quarto trimestre de 2021, porém recuou 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A população ocupada, estimada em 95,3 milhões, obteve queda de 0,5% em 3 meses, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho. Quando comparado ao mesmo período de 2021, houve uma elevação de 9,4%, ou 8,2 milhões de pessoas. Dessa maneira, o nível de ocupação, que representa o percentual de ocupados na população em idade para trabalhar, passou para 55,2%, marcando uma queda de 0,4 ponto percentual diante do trimestre anterior, que registrou 55,6%.


Taxa de informalidade atinge 40,1%

Ainda segundo os dados, a taxa de informalidade atinge 38,2 milhões de pessoas no país, o que representa 40,1% da população ocupada. No trimestre de outubro a dezembro, essa taxa havia sido de 40,7% e, diante do mesmo trimestre de 2021, 39,1%.

Também foi notada a queda de 2,5%, em comparação com o trimestre anterior, no número de trabalhadores por conta própria (25,3 milhões de pessoas), que representa a saída de 660 mil pessoas dessa categoria. Desse total, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ.


Taxa de subutilização vai a 23,2%

De acordo com o IBGE, a pessoa considerada subutilizada pela pesquisa é aquela que está desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego mas estava disponível para trabalhar, ou aquela que procurou, mas não estava disponível para a vaga.

Diante disso, a população subutilizada é de 26,8 milhões de pessoas, uma queda de 5,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior (28,3 milhões de pessoas), e de 20,3% (menos 6,8 milhões de pessoas) se comparado ao mesmo trimestre de 2021 (33,7 milhões de pessoas).


População desalentada tem queda de 4,1%

A população desalentada (4,6 milhões de pessoas), ou seja, aqueles que desistiram de procurar trabalho, caiu 4,1% (menos 195 mil pessoas) frente ao trimestre anterior, além de mostrar recuou de 22,4% (menos 1,3 milhão de pessoas) diante ao igual trimestre de 2021.

Já o percentual de desalentados na força de trabalho marcou 4,1%, o que representa estabilidade em relação ao trimestre anterior (4,3%) e queda de 1,4 pontos percentuais com relação ao mesmo trimestre de 2021 (5,5%).


Sobre a pesquisa

A PNAD Contínua tem como objetivo produzir indicadores para acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, a médio e longo prazo, da força de trabalho e outras informações necessárias para o estudo e desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Esse é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostragem da pesquisa, por trimestre, corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, que atinge 26 estados e o Distrito Federal.

Diante da pandemia provocada pela Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações por telefone, a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, porém, houve o retorno da coleta de forma presencial.


Para conferir a pesquisa completa, clique aqui.

 

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