A Nova Zelândia deu um passo à frente e aprovou uma lei, na terça-feira (13), que proíbe a venda de tabaco para pessoas nascidas a partir de 1º de janeiro de 2009. Quem violar a nova lei poderá ser punido com multa de cerca de R$ 508 mil.
A medida tem como objetivo impedir que as próximas gerações comecem a fumar, além de fazer parte de um projeto mais amplo por parte do governo neozelandês para que o país esteja livre do hábito até 2025. A nova lei, que passou pelo Parlamento, também busca reduzir de 6 mil para 600 o número de varejistas licenciados para vender tabaco.
Em comunicado, a ministra da Saúde, Ayesha Verrall, que apresentou o projeto de lei, disse considerar a medida um importante passo “em direção a um futuro sem fumo”. “Milhares de pessoas viverão vidas mais longas e saudáveis e o sistema de saúde ficará US$ 5 bilhões melhor por não precisar tratar as doenças causadas pelo fumo, como vários tipos de câncer, ataques cardíacos, derrames, amputações”, afirmou.
Ainda de acordo com Verral, as taxas de tabagismo na Nova Zelândia nos últimos 12 meses caíram de 9,4% para 8%, uma das mais baixas do mundo.
Por outro lado, a nova legislação não proíbe os produtos vape, como cigarros eletrônicos, que vêm se popularizando cada vez mais entre as gerações mais novas. Críticos ao projeto também alertaram para o fato de que a política antifumo possa alimentar, por consequência, um mercado negro de produtos à base de tabaco, além de acabar com pequenas lojas.
“Ninguém quer ver as pessoas fumando, mas a realidade é que algumas vão, e essa proibição do “estado babá” dos trabalhistas vai causar problemas”, afirmou o vice-líder do partido político ACT, Brooke van Velden.