Frio e tempo seco pioram quadros respiratórios; especialista explica como diminuir os impactos
Imagem: Sincerely Media
Sem chuvas há dias e com oscilação de temperatura, o tempo seco, característica tão presente do outono, já deu as caras. Com maior concentração de poluição na atmosfera e menos umidade, as pessoas que já possuem problemas respiratórios, como asma e rinite, têm uma piora considerável em seus quadros. Diante dessa situação, é possível buscar alternativas para minimizar os impactos na saúde. Em conversa com a reportagem do Voz Diária, o médico otorrinolaringologista, Dr. Luciano Gonçalves Nina, explica quais são os cuidados necessários para que as crises alérgicas e respiratórias não piorem nesse período.
De acordo com Dr. Luciano, nessa época, onde a secura é mais recorrente, a via respiratória fica mais seca e, portanto, alguns sintomas se tornam mais frequentes.
“O tempo seco provoca ressecamento na pele e nas mucosas da via respiratória. Olhos, narinas, seios da face, garganta e pulmão. Isso provoca pruridos na pele, conjuntivites, rinossinusite, obstrução nasal, respiração bucal, tosse, ardor na garganta, rouquidão, traqueobronquite e agudização da asma”, explica o médico.
O otorrinolaringologista afirma que a falta da umidade natural faz com que o corpo não consiga repô-la da maneira exata e que, portanto, ficamos mais suscetíveis a termos agravamento de problemas de saúde.
“A umidade é indispensável para a saúde de nossos tecidos e células. Nesta hora, o corpo não dá conta de repor a umidade que se perde pela nossa pele e respiração. As mucosas secas ajudam no início de infecção por quebra da barreira local de defesa imune. Nossas mucosas são laboratórios químicos que nos defendem, desde que a umidade e a temperatura local sejam ideais”, ressalta.
Para diminuir os impactos, o médico indica procedimentos simples, que podem ser feitos de maneira rápida e dentro de casa.
“É importante tomar muito líquido de pouco em pouco para manter a urina clara, o que indica boa hidratação. Fazer inalação pela boca com soro fisiológico, já que o ar úmido vai para o pulmão. Estimular a salivação com balas comuns ou sem açúcar; a saliva é um santo remédio para boca e garganta secas. Evitar remédios que secam as mucosas como antigripais e antialérgicos. Evitar álcool e tabaco”, explica.
O médico também lembra da importância de aumentar a umidade dos ambientes de forma não natural.
“É bom usar umidificadores no ambiente, bacias com água, toalhas molhadas para aumentar a umidade. É essencial também tratar obstrução nasal evitando a respiração bucal que seca as vias respiratórias. O frio e o tempo seco pioram os processos alérgicos”, finaliza.
