A dengue, uma das doenças virais mais comuns no Brasil, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Recentemente, o tipo 3 (DENV-3) voltou a ser motivo de alerta no estado de São Paulo, após baixa circulação desde 2016.
Riscos e diferenças do DENV-3
Embora os sintomas da dengue sejam similares entre os diferentes sorotipos – febre alta, dores musculares, dor de cabeça e manchas na pele –, o DENV-3 apresenta um risco maior porque muitas pessoas nunca tiveram contato com ele, especialmente as mais jovens. Isso significa que a população possui pouca ou nenhuma imunidade a esse sorotipo, aumentando a chance de casos mais graves da doença.
Além disso, a infecção por um sorotipo não confere imunidade contra os outros. Isso significa que uma pessoa que já teve dengue por DENV-1 ou DENV-2, por exemplo, ainda pode ser infectada pelo DENV-3, o que eleva os riscos de formas mais graves, como a dengue hemorrágica.
Ações para controle e prevenção
Diante do ressurgimento do DENV-3, as autoridades de saúde estão reforçando a importância das ações de prevenção, que incluem:
- Eliminação de criadouros do mosquito, como recipientes com água parada;
- Uso de repelentes;
- Manutenção de caixas d’água devidamente fechadas;
- Limpeza de calhas e outros locais que possam acumular água.
A Secretaria de Saúde também destacou a relevância da participação da população no combate à dengue, alertando sobre a necessidade de manter a vigilância constante, principalmente durante períodos de maior incidência do mosquito.