A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou uma queda significativa recentemente, conforme apontam os dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada na última segunda-feira, 27. Pela primeira vez neste mandato, a desaprovação ao governo superou a aprovação: 49% dos entrevistados desaprovam a gestão de Lula 3, enquanto 47% a aprovam.
Um dos principais fatores associados a essa diminuição na popularidade é a chamada “crise do Pix”. Recentemente, surgiram debates e preocupações sobre um possível monitoramento mais rigoroso das transações realizadas via Pix, o sistema de pagamentos instantâneos amplamente utilizado no Brasil. A oposição alegou que o governo estaria ampliando a coleta de informações dessas transações para fins de tributação, o que gerou apreensão entre os usuários.
A repercussão foi particularmente intensa no Nordeste, região que historicamente tem sido um bastião de apoio a Lula. De acordo com a pesquisa, a aprovação do presidente nessa região caiu de 67% para 60% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, enquanto a desaprovação aumentou de 32% para 37% no mesmo período.
De acordo com analistas políticos, a forma como o governo comunicou as possíveis mudanças relacionadas ao Pix contribuiu para a queda na popularidade. A falta de uma comunicação clara e acessível teria gerado desconfiança, especialmente entre trabalhadores informais que dependem do sistema para suas transações diárias.
Além disso, a percepção de que o governo não está cumprindo promessas de campanha, aliada a preocupações econômicas como o aumento dos preços dos alimentos, tem influenciado negativamente a avaliação da gestão atual. A pesquisa indica que 65% dos entrevistados acreditam que o poder de compra diminuiu no último ano, refletindo insatisfação com a situação econômica.
Em resposta a esses desafios, o governo tem buscado estratégias para reverter a queda na popularidade, incluindo mudanças na equipe de comunicação e iniciativas para abordar as preocupações econômicas da população.