Amigas e amigos, se existe um tema que está em alta nos últimos tempos, o assunto é Meio Ambiente. E quando falo em Meio Ambiente, não estou evocando apenas a preservação da Amazônia ou a despoluição de rios, por exemplo – ainda que tais aspectos sejam extremamente obrigatórios para a proteção do planeta e da nossa espécie. É que tão importante quanto, está a conscientização ambiental atrelada diretamente ao que é feito em nossa rua, em nosso bairro, em nossa cidade e, é claro, no quintal da nossa casa.
Vejam só. Sou de Taboão da Serra, município da Grande São Paulo, que de acordo com o Censo divulgado pelo IBGE, possui o maior adensamento populacional do Brasil. São 273.542 habitantes distribuídos em uma área de 20,48 km². Sabe o que isso significa? Significa que moro, praticamente, em um formigueiro, só que de pessoas. E esse formigueiro continua a crescer tanto em população, como em desafios ambientais.
Com o encerramento do mês de junho, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (SDUHMA), provocou os moradores de Taboão da Serra a repensarem a questão da preservação por aqui. Em um mês, algumas ações importantes foram promovidas, como a inauguração da Escola Livre de Educação Ambiental (ELEA), a criação de um canal de comunicação sobre o Meio Ambiente para a fiscalização e denúncia de atividades irregulares, criação de Ecopontos espalhados pela cidade, parceria entre a Prefeitura e a cooperativa Cooperzagati para coleta de óleo de cozinha usado, a fim de ser reciclado e transformado em biodiesel.
São ações que julgo serem extremamente necessárias, e explico o por quê. É que nas campanhas políticas, esse tema é muito bem explorado e está na boca de todos os candidatos, mas poucos são os que realmente estão preocupados com isso. Meio Ambiente, para alguns, serve como uma ótima peça de enfeite, para deixar à mostra em algum lugar da casa – que quase ninguém nunca vai – só para falar que existe e está lá.
Quando o governo Aprígio concede essa estrutura e dá o aval para que a pasta de Meio Ambiente trabalhe de forma ativa em aspectos de preservação e conscientização sobre o Meio Ambiente, o resultado pode até não ser conquistado a curto prazo, pode até não ser percebido por todos imediatamente, mas contribui para que a nossa cidade se desenvolva de uma forma responsável e em respeito à Natureza.
E olhem só. Tais fatos ocorridos aqui em Taboão da Serra geraram repercussão até em Brasília, com os ministros Silvio Luiz de Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática) parabenizando os atos do governo municipal, em especial a inauguração da Escola Livre de Educação Ambiental.
Nós, do Voz Diária, inclusive fomos convidados para a inauguração da Escola Livre de Educação Ambiental, e a percepção deste que vos escreve, é a de que todos ali, mesmo que em meio a um curto espaço de verde do Viveiro Municipal, estávamos mais leves, mais em paz e em conexão mais aflorada, e isso tudo não foi sentido à toa. Isso é Ecopsicologia, algo que surgiu lá em 1989 na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Carl Jung, importante nome da Psicologia, dizia que o ser humano é natureza, e estar conectado com as raízes dela é de importância fundamental para a preservação e cuidado da nossa mente.
Você pode até não perceber, mas caminhar em meio a árvores em um parque melhora a saúde mental. Acordar e dar de cara com uma praça arborizada gera leveza à sua mente. Mais árvores geram mais qualidade no ar que respiramos. Mais plantas no seu quintal ou em outros ambientes da sua casa, trazem conforto e calma. A água hidrata o seu corpo e mantém tudo funcionando corretamente, logo, descartar resíduos em seus devidos lugares ajuda a preservar as águas dos nossos rios, altera a qualidade da água que bebemos e por aí vai. Penso que nossa vida não deve ser o cinza dos prédios, e sim o verde das matas, o azul de um céu limpo, a limpidez das águas.
Tudo é um ciclo na Natureza. No entanto, precisamos preservar para que a cada mudança de ciclo, encontremos pela frente coisas mais positivas do que antes. Foi também na Escola Livre de Educação Ambiental que crianças da EMEF Cecília Meireles cantaram para todos os presentes, e tudo aquilo quase me levou às lágrimas. Não somente pelo ato em si, mas é que preservar o Meio Ambiente e conscientizar através de políticas públicas de qualidade podem garantir uma vida muito melhor a todas elas. Isso por si só é um argumento e tanto para pensarmos o Meio Ambiente para algo muito além das prateleiras velhas e empoeiradas das promessas.
É nesse ponto que o governo Aprígio, bem como o secretário Nílcio Regueira Dias, sua subsecretária Ruth e todos os funcionários públicos estão de parabéns e têm o meu respeito. Meio Ambiente é todos os dias e em todos os lugares, inclusive dentro de nós mesmos.
É isto.
