Desavença, frustração, violência física: a eleição no Brasil que aprofundou a divisão e rompeu relações familiares

 Desavença, frustração, violência física: a eleição no Brasil que aprofundou a divisão e rompeu relações familiares

Imagem: Dereck Gomes

 

Rompimentos, desavenças, frustrações, discussões e muitas, muitas mágoas para todos os lados. Talvez essas sejam palavras adequadas para definir o clima tempestuoso em que muitas famílias se encontram, atualmente. O Brasil saiu diferente das últimas eleições. Isso mesmo, a frase anterior não termina interrogando, mas afirmando um fato. O Brasil está diferente. Mas o que aconteceu para chegarmos até esse ponto? O que fazer para restabelecer os laços? São perguntas que valham, talvez, R$ 1 milhão. Já que não me proponho a ser o vencedor deste sorteio, fui buscar alguma resposta por meio daqueles que realmente sentiram o baque desse momento conflitante da nossa história.

São tantas notícias tristes sobre isso que invadiram as rodas de conversa que frequento, que ficaria até difícil puxar pela memória quando todas essas turbulências – envolvendo política e crises familiares –, começaram exatamente. É possível imaginar que tenham começado a desabrochar após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff? Foram durante os anos à frente da presidência da República de Jair Bolsonaro? É difícil precisar, mas tudo isso aconteceu e continua a acontecer.

“Quis passar por aqui uma história para você agregar à sua matéria”. Foi assim que chegou o primeiro relato em meu WhatsApp, de uma pessoa que vamos chamar a partir daqui pelo nome fictício de Renata. Após fazer uma publicação em sua rede social manifestando ser contrária às ideias de Bolsonaro, Renata encontrou oposição direta de um de seus primos que reside no Paraná – estado esse que deu ao candidato do PL 62,40% dos votos, ante 37,6% do petista Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições.

“Eu fiz uma publicação contra o Bolsonaro que ele não gostou. Eu achei estranho… Ele, carola de igreja e tal. A conversa evoluiu, e eu argumentando e debatendo o assunto. A fala era sempre a mesma: ‘Lula ladrão’ e blábláblá. Independente da Justiça ter mostrado diferente, eles não aceitam”, disse Renata. No entanto, a partir de determinado ponto da discussão, surgiram opiniões, no mínimo, questionáveis por parte de seu primo.

 

“Chegou um ponto em que ele falou: ‘nós do Sul somos diferentes, nós defendemos a separação do Sul do país”, afirmou o primo de Renata, fazendo alusão à proposta de separação dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul do restante do país. “Eu falei: ‘o que é isso? Supremacia branca? Nem parece que ouviu as histórias do seu pai, que veio fugido da época do Hitler”, questionou Renata.

 

Polonês, o pai do primo de Renata foi convocado mas conseguiu fugir da guerra e chegou ao Brasil contando histórias terríveis sobre o conflito que devastou a Europa e abalou o mundo profundamente. Nada disso, no entanto, parece ter surtido algum efeito dentro da discussão. “Eu fiquei em choque. Toda a nossa vivência, todas as nossas boas histórias e lembranças de viagem, do nosso convívio – pois temos idades próximas -, não valeu nada. Ele simplesmente me bloqueou”, disse.

Quando questionada como ela se sentia com relação a tudo isso, Renata foi incisiva. “Eu me senti excluída de uma história de crescimento, de criança. A gente viajava, passeava, eu morei na chácara dos pais desse meu primo. Nós temos histórias muito bonitas e que foram desconsideradas, desqualificadas, por conta da política. Por conta de opiniões diferentes”. Questionei se ‘tristeza’ seria uma palavra adequada para definir tudo isso e Renata, em apenas três sílabas, externou o que sentiu: “é frustrante”.

 

Bloqueio entre parentes em redes sociais e aplicativos de mensagem tornaram-se recorrentes durante as eleições. (Imagem: Limon Das)

‘Não há nada mais triste que ver as pessoas que ama, destilando ódio de forma descontrolada’

 

“Foi de uns anos pra cá que nem as nossas semelhanças de classe foram capazes de segurar tamanho ódio que tomou conta dos meus amigos e família”. Foi com essa sensibilidade que encontrei nas palavras de Alex, 21 anos, morador da região metropolitana de São Paulo, um aperto no coração indigesto. Não bastava o relato anterior. Fui aos poucos sendo consumido por uma dor intragável por saber que existem muitos laços desfeitos, sentimentos de amor esvaziados e corações recrudescidos pela violência, pela desavença, nesse ambiente hostil que se criou pelo país afora.

Alex conta que sempre teve muitas diferenças na maneira de pensar, quando comparado aos seus amigos e familiares. Para ele, é na ‘quebrada’, na roda com os amigos, que os “ismos”, o conservadorismo, surgem de todos os lugares; quem discorda, é tido como um estranho no ninho. Foi inserido neste contexto que Alex buscou a diferença que acreditava ser o lado mais correto a ser seguido: aprendeu que o melhor instrumento para o bem a si e ao outro, era o de saber ouvir e dialogar. No entanto, foi em 2018 que ele começou a ver tudo ao seu redor ruir e laços de afeto serem descartados em nome de um discurso político fácil, porém igualmente frágil.

 

“Rendidos a um discurso que facilmente se grudou na veia aorta, não havia mais diálogo. Na real havia, mas de forma descontrolada e triste. E não há nada mais triste que ver as pessoas que ama, destilando ódio de forma descontrolada”, disse Alex.

 

A mistura entre pautas antissistema com conservadorismo e conspiracionismo, para ele, não poderia dar certo. E, de fato, não deu. O caos instaurado nos grupos de WhatsApp do jovem revelaram um ódio latente. Qualquer palavra mal colocada se tornou motivo para iniciar uma discórdia. “Todo e qualquer compartilhamento era discussão e, naturalmente, geral foi se afastando até a máxima de evitar os mesmos espaços. O mesmo grupo. O mesmo grupo de mensagens. Um entra e sai de amigos (inclusive eu) que, com o tempo, se naturalizou. ‘Fulano é esquerdista, cuidado’ e ‘estamos nessa por causa de pessoas como você’, reduzindo tudo e a todos a coisas. Viramos substantivos”, afirmou.

Tudo o que se pode evitar, se evita, seja por razão emocional ou psicológica, a fim de se preservar a própria sanidade. Mas e quanto às relações que não se pode evitar? E a relação familiar? E o convívio com amigos de infância e vizinhos próximos? Infelizmente, também esses não escaparam das recorrentes ironias, do sentimento de ‘superioridade argumentativa’ por parte daqueles que Alex ama. “O climão de datas festivas era de causar enjoo, de difícil aceitação. E as discussões? Ah, as discussões. Pai e irmão. Amigos. Sempre. Nem o churrasco salvava mais”, conta. Foi nesse ponto que o clima tempestivo ganhou uma nova forma ainda mais disruptiva.

Maurílio, seu irmão mais velho – que até outrora fora um exemplo a Alex –, se transformou em alguém (in)diferente. Valdir, o seu pai, dono de um coração enorme, de uma personalidade simples e de referencial apolítico de vida, foi aos poucos seduzido pelo discurso facilitador da eliminação de um certo caos que, muitas vezes, revela-se a partir da eliminação do outro, propriamente. Aos poucos, foi vendo seu número de telefone ser bloqueado por seu irmão e passou a ouvir risadas irônicas a respeito da sua visão de mundo. Num dos episódios mais violentos e tristes, o que era para ser somente mais um café da manhã amistoso de domingo com o seu pai, escalou para uma discussão calorosa e, por fim, resultou em um tapa no rosto de Alex dado por seu próprio pai. “Marcou na pele e no coração para sempre. Um tapa na cara. Um tapa na cara. Eu fiquei seis ou sete meses sem falar com o meu pai”, disse.

Apesar disso, em 2020, o jovem afirmou que, por conta da pandemia provocada pela Covid-19, e diante de tantas mortes, inclusive de parentes, foi que os olhares se reconectaram. Da dificuldade do distanciamento social, à reaproximação. Daquele período pandêmico assombroso, o afeto conseguiu ressurgir. Foi em 2020, inclusive, que o voto pelo fascismo de seus familiares se tornou um voto contra o fascismo, direcionado a um coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Do ódio à esperança, da violência ao perdão.

“Foi no caos que a consciência (também de classe) emergiu de Maurílio e Valdir. De amigos. Mas há muito trampo de ferro a ser feito. Há muita amizade a se reconstruir. E por mais que seja cansativa, a frase brota: ‘o amor há de vencer e a alma libertar'”, afirmou Alex. “Eita, ficou chique, né? Sabe o mais chique? A família toda reunida no domingo fazendo o ‘L’, comemorando a esperança. E ela venceu”, continuou.

Apesar de todos os tempos e contratempos dessa história, ainda sobrou uma mensagem final que, sinceramente, torço para que ultrapasse a esperança e se torne uma máxima nesses tempos que ainda estão por vir: “que fiquemos juntos, ao lado também do diferente. Unidos. Há de ser”, completou Alex.

 

“Foi de uns anos pra cá que nem as nossas semelhanças foram capazes de segurar tamanho ódio que tomou conta dos meus amigos e família”, revelou Alex (Imagem: Mariana Montrazi)

‘É um lado querendo matar o outro; um atirando e o outro morrendo’

 

“Na minha família eu tenho 60 primos, vários tios, e eu vejo um rompimento. Não temos o que falar, não temos o que conversar. Um deixou de seguir o outro… e eu vou ser bem sincero, a gente nem sente falta de conversar com eles, pois se a gente precisar falar, a gente vai brigar”. É com o depoimento de Leandro – nome fictício –, que inicio este relato final. Confesso ao leitor e à leitora que, por dentro, ainda permanece em mim um desassossego, uma série de questões que, muito provavelmente, não deixarão a poeira assentar por algum tempo no mundo dos meus pensamentos. Mas não importa muito o que eu sinto, o que importa é o que essas pessoas sentem, e o que Leandro sente se traduz em uma frase que, apesar de simples à primeira vista, define muito: “é triste”.

A história de Leandro se confunde com a tecnologia, e conversando com ele, é possível notar quão entusiasta disso ele é. Inclusive, foi em grupos de WhatsApp, infelizmente, que capítulos marcantes e repletos de desavenças ocorreram com seus familiares, especialmente a parte de sua família que mora no interior de São Paulo. Assíduos propagadores de notícias falsas, o que não faltava na artilharia desses familiares de Leandro eram conteúdos contra Lula e outros a favor de Bolsonaro.

“Eles postavam muitas fake news, muita mentira. Só que eu e outros parentes nunca falamos nada, pois é muito chato você se indispor. Pelo menos eu e alguns familiares não temos essa necessidade de querer mostrar para outros parentes que eles estão errados, pois cada um sabe do seu”, disse. Porém, num certo dia, diante de tamanhos compartilhamentos de informações falsas, Leandro se cansou e resolveu sair do grupo. Sua irmã, por outro lado, continuou participando do mesmo e tratou rapidamente de desmentir muitos boatos que seus parentes estavam passando adiante. Momentos depois, veio a mensagem de um de seus parentes: “credo, eu pensei que isso aqui era um grupo de família, para falarmos de festas de família, e não de política”.

Acontece que, segundo Leandro, quem proferiu tal frase foi justamente um familiar que – entre todos os contatos ali presentes –, mais falou a favor de Bolsonaro e, consequentemente, contra Lula. “Ou seja, um hipócrita”, afirmou. A partir disso, outras pessoas começaram a questionar a própria permanência ali, no tal grupo, como foi o caso de sua prima.

Em outro episódio, uma de suas tias, que também compartilhava um volume alto de informações inverídicas em suas redes sociais, teve as publicações apagadas pela própria plataforma por conta das mesmas ferirem as diretrizes da comunidade. Ao ser alertada pelo pai de Leandro sobre os cuidados ao repassar tais conteúdos falsos, a parente elevou o tom e disse que quem deveria tomar cuidado era, na verdade, Leandro – que, por sua vez, mantém forte oposição às idéias bolsonaristas.

“O que me chama atenção nessa fala é a agressividade. Como se eu postasse mentiras, e na verdade eu só posto coisas em defesa do Lula e coisas que o próprio Bolsonaro já falou. Eu fico muito incomodado quando vem essa premissa de comparação, os dois lados brigando, ‘esquerda brigando com direita'”, disse.

 

“Na verdade é um lado querendo matar o outro; é a direita atirando e a esquerda morrendo. É a perseguição, é o fascínio da direita pelo seu ídolo”, completou Leandro.

 

Leandro entende que a onda bolsonarista que tomou conta de boa parte do país deu vazão a uma fala racista, homofóbica, misógina, que estava guardada no interior das pessoas de todas as idades, mas especialmente entre aquelas mais adultas e/ou idosas. Ele citou como exemplo o caso de um padre em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, que durante uma missa tirou a batina, a jogou sobre o púlpito e abandonou o local após uma discussão política na igreja. Segundo testemunhas, o padre teria pedido que quem tivesse votado em Lula (PT), candidato à presidência eleito, deixasse o local.

“As pessoas estão se odiando, as pessoas não aceitam o contraditório, não aceitam nem a ciência – a ciência que salvou vidas [durante a pandemia de Covid-19]. Infelizmente, na minha família, existem muitas pessoas preconceituosas, e principalmente as do interior que propagam essa rede de desinformação por conta do seu ídolo”, comentou Leandro.

“São eles que sempre começam essa coisa de espinhar. São eles que sempre começam essa iniciativa de provocar. Sempre. Pelo menos no grupo da minha família, quem é de esquerda nunca postou nada no grupo, sempre honramos ser um grupo de família. Dávamos parabéns, feliz aniversário, ou a gente falava sobre futebol. Eles [bolsonaristas], no entanto, sempre falavam mentiras, e eles precisavam falar mentiras. Quando você fala uma mentira muitas vezes, há a percepção que isso seja verdade, e não é, aquilo continua sendo uma mentira”, finalizou.

 

“Na minha família eu tenho 60 primos, vários tios, e eu vejo um rompimento. Não temos o que falar, não temos o que conversar”, disse Leandro (Imagem: Mariana Montrazi)

Como a Psicologia pode auxiliar nesses casos de rompimentos dos vínculos afetivos?

 

Procurada pela reportagem do Voz Diária, Paula Coimbra, psicóloga e professora na faculdade FECAF, em Taboão da Serra, comentou sobre os rompimentos familiares que vêm ocorrendo e quais implicações, diretas ou indiretas, isso gera para a saúde mental das pessoas. Para ela, o processo de rompimento de vínculos afetivos pode estar diretamente ligado, também, ao próprio processo de luto.

“Quando a gente passa por processos de perda, seja essas perdas de qualquer ordem – por conta de óbito, mudança de cidade, perda de emprego, término de relacionamento -, o rompimento de vínculos afetivos, não somente familiares, por conta de uma perspectiva política pode levar a pessoa a ter algumas características ou sintomas psicológicos”, conta. Nesses casos, sentimentos de tristeza, ansiedade e preocupação excessiva podem evoluir para outros sintomas fisiológicos, como taquicardia, dificuldade de respiração e suor justamente por rememorar as brigas, desavenças.

“Se a pessoa começa a ter esses sintomas com frequência, ou isso compromete a sua saúde mental, então essa pessoa vai precisar, por exemplo, buscar ajuda ou, talvez, uma ajuda da psicoterapia para conseguir trabalhar isso”, diz a psicóloga. “Uma pessoa que passa por um rompimento de vínculo afetivo está vivenciando um luto, e como ela vai lidar com isso também pode trazer prejuízo para a sua saúde mental”, continua Paula.

Uma das referências no assunto que a professora conta à reportagem do Voz Diária, é a da psiquiatra norte-americana Elisabeth Kubler-Ross, que fala a respeito dos cinco processos do luto: negação, raiva, negociação, depressão e, por último, a aceitação. “Com o rompimento do vínculo afetivo, principalmente se aquele vínculo é significativo para a pessoa, pode ser que ela passe por alguma dessas fases. Não necessariamente ela vai passar por todas, mas essa é a ordem de quem passa por todas ou para quem passa por uma ou duas, até chegar à fase de aceitação”, comenta.

Quando questionada se é possível reatar os laços familiares rompidos por conta desses atritos motivados por divergências políticas, Paula afirma que sim, é possível, mas que é igualmente necessária uma profunda reflexão. “É preciso refletir: qual é a importância dessa pessoa e quem ela quer ter por perto, quem ela quer que conviva com ela, que compartilhe do seu dia a dia”, diz.

Paula considera que, naturalmente, as pessoas pensam de maneiras diferentes, cada uma delas têm uma escolha que, por vezes, irá divergir das demais, sendo que a preferência política por determinada visão de mundo nada mais é do que, também, uma escolha. “Não é por que a pessoa pensa diferente de mim que ela tem que ser o meu inimigo. É mais importante eu estar com essa pessoa, ou por conta de determinado posicionamento político eu não posso conviver de forma nenhuma com ninguém que pense diferente de mim? É preciso pesar isso e buscar uma reconciliação”, afirma.

Para ela, é de suma importância pensar sobre a reconciliação e também prezar pelo diálogo, já que um relacionamento é sempre formado por duas pessoas. É necessário haver um movimento mútuo de afeto, de desejar estar ali, mas que tudo dependerá também da disposição do outro. É o respeito ao tempo de cada um dos envolvidos e ao momento de ambos que poderá, em algum momento, fazer retornar esse vínculo a um ponto de equilíbrio e de harmonia.

Paula Coimbra também alerta para a questão de retirar a família em uma espécie de pedestal; sendo essa uma construção social voltada ao sagrado, símbolo de santidade. Não que ela não possa ser compreendida assim, mas é preciso considerar, sobretudo, que a família é formada por pessoas, e pessoas possuem defeitos, cometem erros. “Elas podem voltar atrás para refazer os vínculos afetivos, elas podem reconhecer que erraram, elas podem se reconciliar”, completa.

“O importante é que tenhamos esses combinados de convivência no sentido de respeitar, tratar com cordialidade, e não é por que alguém tem um pensamento seja ele religioso, político, diferente do meu, que eu vou agredir essa pessoa com falta de respeito ou com qualquer forma de violência, seja ela verbal, psicológica e/ou física. E a terapia pode ajudar muito nisso, pois quando falamos em sofrimento mental, sofrimento psíquico, nós precisamos estar em um processo terapêutico para sermos orientados e para reestabelecer a saúde psicológica”, finaliza.

*Os nomes fictícios usados na reportagem têm como finalidade preservar a identidade e a imagem dos envolvidos.
*Revisão final: Natália Bassi

 

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