Ex-estrategista de Trump, Steve Bannon é condenado a 4 meses de prisão nos EUA
Imagem: Curtis Means/DailyMail via AP, Pool
Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump e um dos principais organizadores da ultradireita global, foi condenado nesta sexta-feira (21) a quatro meses de prisão por desacato, após a sua recusa em colaborar com as investigações relacionadas à invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, ocorrida em janeiro de 2021. Além disso, Bannon também foi multado em US$ 6.500 (aproximadamente R$ 34 mil), segundo a decisão do juiz distrital Carl Nichols. Bannon deverá se apresentar à prisão até 15 de novembro, caso queira recorrer.
Bannon havia sido condenado em julho por duas acusações de desacato ao Congresso por não ter fornecido documentos ou testemunhos. A punição estabelecida para cada uma delas, foi de um mínimo de um mês e um máximo de um ano de prisão, além de multa de até US$ 100.000.
“O respeito ao nosso Congresso é, obviamente, uma peça importante do nosso sistema constitucional”, afirmou Nichols após anunciar a sentença. Além disso, ele também acrescentou que a decisão também tem como objetivo “enviar uma mensagem” ao público. “Outros devem ser dissuadidos de cometer crimes semelhantes”, completou.
David Schoen, advogado do ex-estrategista, argumentou que o seu cliente deve receber somente liberdade condicional por ter desafiado a intimação do Congresso dos EUA. Schoen também se referiu ao advogado de Trump, Justin Clark, como “bandido” e “mentiroso”.
“Ele não passa de um bandido. Eu não acreditaria em nada do que ele diz, um do que se poderia chamar de Três Patetas… Ele mentiu para mim pessoalmente. Ele me roubou pessoalmente”, disse Schoen.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o principal trunfo da equipe jurídica de Steve Bannon seria uma carta escrita por Clark. Nela, supostamente, consta a prova de que o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou privilégio executivo sobre as suas tratativas com Steve Bannon, o que em tese significaria que ele não era obrigado a cumprir a intimação do Congresso e a testemunhar.
