A greve dos motoristas e cobradores de ônibus da capital, que foi aprovada na noite de segunda-feira, 13, e começou nesta terça-feira, 14, traz transtornos aos passageiros que dependem dos coletivos para realizarem suas atividades diárias. Ao todo, segundo a prefeitura da capital, 6.469 veículos, que fazem parte do sistema estrutural, estão parados.
Apesar de 5.314 ônibus do sistema local estarem circulando normalmente, os coletivos não estão dando conta da demanda. Além deles terem menor capacidade para transportar os passageiros, também possuem percursos menores, o que acarreta na extrema lotação.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou o fato do sindicato não ter cumprido determinação da Justiça de manutenção de 80% da frota no horário de pico.
“Está mais do que constatado que foi abusiva a greve, uma vez que eles não atenderam a determinação judicial. Determinação judicial é para ser cumprida. E a prefeitura, passado esse episódio, a gente vai fazer uma cobrança mais dura com relação às empresas, porque eles precisam ter o diálogo com seus funcionários de forma mais contínua, não é possível que todo ano a gente seja pego de surpresa e acabe sobrando para a Prefeitura de São Paulo e para os usuários do transporte“, falou.
Motivos da greve
Além do aumento salarial, O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) também pede aumento do vale refeição, adequação das nomenclaturas do Plano de Carreira do Setor de Manutenção, equiparação salarial e promoção para funcionários e funcionárias fora de função, participação maior nos lucros, fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração e o reajuste nos valores do auxílio funeral, seguro de vida, convênio médico e odontológico.