Sistema Cantareira opera com menos da metade da sua capacidade
O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de diversas cidades da região metropolitana de São Paulo, opera com o menor volume de água desde 2016. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o reservatório, nesta segunda-feira, 30, tem apenas 41,5% da sua capacidade. Há seis anos, quando o estado se recuperava de uma das piores crises hídricas da sua história, o Cantareira estava com 36,4% do seu volume.
Com a falta de chuvas, o que é tido como normal para essa época, a preocupação de especialistas aumenta para possíveis racionamentos de água. Para se ter uma ideia, até o momento, só choveu 42,24% do esperado para o mês de maio na região do Cantareira. No entanto, essa situação também se repete em outros reservatórios.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), se as chuvas se mantiverem abaixo da média nos próximos meses, o Cantareira pode chegar em setembro com apenas 30% da sua capacidade.
Em levantamento da Sabesp, que leva em consideração a quantidade de água que entra e sai do reservatório, nos últimos 30 dias o sistema Cantareira não teve, em momento nenhum, elevação do seu volume.
Já nos últimos sete dias, o reservatório perdeu 0,70% da sua capacidade máxima, o que corresponde a 687 milhões de litros. De forma ilustrada é possível afirmar que 34.370 caminhões pipa de 20.000 litros saíram do Cantareira, sem que houvesse reposição desse volume.
No caso dos últimos 90 dias, a capacidade máxima se perdeu em 1,60%. Ao todo, 1.571 milhões de litros foram utilizados, mas não voltaram ao reservatório por conta da falta de chuvas.