É possível constatar, nas ruas e avenidas da cidade de São Paulo, o aumento na quantidade de pessoas que, sem outra saída, pedem comida, trabalho, entre outras coisas. Os números ajudam a comprovar esse fato. Em janeiro de 2021, 473.814 famílias se encontravam em situação de extrema pobreza; neste ano, houve um salto para 619.869 famílias, um aumento de 30,82%.
Os números foram obtidos pelo portal G1, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Entre as mais de 619 mil famílias, muitos são os paulistanos que se viram sem moradia após perderem suas casas por conta da crise provocada pela pandemia de Covid-19.
Esses dados foram possíveis a partir da coleta de informações do Cadastro Único (CadÚnico) da cidade de São Paulo. Para especialistas da área, porém, é possível que esses não sejam os dados reais da extrema pobreza nos municípios, uma vez que muitas pessoas não estão cadastradas no sistema.
Na Zona Sul da cidade, as subprefeituras que mais contabilizam famílias na extrema pobreza são:
- M’Boi Mirim: 41.308;
- Capela do Socorro: 39.230;
- Cidade Ademar: 38.108.
Por outro lado, as que menos possuem famílias nessa situação são:
- Lapa, na Zona Oeste: 4.996;
- Vila Mariana, na Zona Sul: 2.964;
- Pinheiros, na Zona Oeste: 2.024.
O que define a extrema pobreza
O governo brasileiro adota um modelo de definição diferente do utilizado pelo Banco Mundial. Para o Banco Mundial, é considerado dentro da faixa de extrema pobreza quem possui renda diária per capita de US$ 1,90, ou aproximadamente R$ 274,50 mensais.
Para o CadÚnico, no entanto, entram nessa classificação as famílias com renda per capita de até R$ 105. Quem se enquadra nesse modelo definido pelo governo federal passa, então, a ter direito aos benefícios sociais, como o Auxílio Brasil.
O CadÚnico é um registro que permite que o governo saiba quem são e como vivem as pessoas de baixa renda no país. A inscrição no sistema é feita somente de forma presencial. Ingressam no Cadastro Único as famílias com renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo ou que tenham renda acima dessas, porém que estejam vinculadas a algum programa ou benefício que faça uso do cadastro em suas concessões.
* Com informações do G1.
