quinta-feira, novembro 21, 2024
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Mais pobres sentem mais a inflação, segundo Ipea; alimento pesa mais entre o segmento de renda mais baixo

O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) divulgou um estudo nesta segunda-feira, 16, que revela os impactos da alta inflação, durante o mês de abril, em todos os grupos analisados por faixa de renda. Famílias nas camadas mais pobres sentem mais os reflexos, especialmente no segmento de alimentos.

Entre famílias de renda muito baixa, no mês de abril houve pressão dos aumentos nos preços do arroz (2,2%), feijão (7,1%), macarrão (3,5%), leite (10,3%), batata (18,3%), frango (2,4%), ovos (2,2%), óleo de soja (8,2%) e pão francês (4,5%), bem como o encarecimento dos medicamentos em 6,1%.

Entre a camada de renda mais elevada, o grupo de transportes revelou o maior impacto, isso porque houveram reajustes nas passagens aéreas (9,5%), transporte por aplicativo (4,1%), gasolina (2,5%), etanol (8,4%) e diesel (4,5%), segundo o estudo do IPEA.

No acumulado de 12 meses, a inflação sentida pela camada de renda muito baixa bateu 17,6%, uma elevação maior do que a sentida pela alta renda, de acordo com o Indicador IPEA de Inflação por Faixa de Renda. Ainda no grupo de renda muito baixa, a inflação acumulada durante os 12 meses, terminados em abril, chegou a 12,7%, sendo que entre as famílias de renda elevada a variação foi de 10,8%.

O instituto utilizou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para realizar os cálculos da inflação por faixa de renda. O resultado foi de 1,06% durante o mês de abril, e de 12,13% relativo a 12 meses.

O IPEA separa em seis faixas de renda familiar variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde a renda familiar menor que R% 1.726,01, que representa a faixa de renda muito baixa, até a acima de R$ 17.260,14, que representa a renda mais alta.

* Com informações do UOL Economia.

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