quinta-feira, novembro 21, 2024
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Saiba como se proteger de substâncias sedativas borrifadas em veículos

Relatos de tentativas de assédio cometidos por motoristas de aplicativo, utilizando spray com produtos químicos para dopar as passageiras, vêm ganhando destaque nos noticiários. Nesta última semana, a fotógrafa Bruna Custódio, de 32 anos, denunciou em suas redes sociais uma suposta ação de um motorista nesse sentido.

A fotógrafa contou que estava no carro de um motorista da 99, quando começou a sentir tontura e ficar com a visão turva após o homem borrifar uma substância dentro do veículo, que possuía um estranho odor químico. O caso teria acontecido por volta das 20h30, depois que Bruna havia saído do trabalho, na Zona Sul de São Paulo. A vítima conseguiu sair do carro, após insistir para que o motorista parasse o mesmo. O portal Voz Diária noticiou o caso.

Sintomas como esses, relatados pela fotógrafa, podem estar relacionados ao uso de solventes como éter, clorofórmio ou metano. Tais substâncias agem diretamente no cérebro, e os efeitos sentidos passam por quatro fases, sendo elas:

– Sensação de excitação, com presença de euforia, náuseas, tontura, tosse e salivação excessiva;

– Depressão do cérebro, confusão mental, visão turva ou embaçada, dor de cabeça e alucinações;

– Depressão profunda, com queda do estado de alerta, coordenação motora e ocular comprometidas, reflexos prejudicados e alucinações;

– Depressão tardia, que consequentemente leva ao estado de inconsciência, queda da pressão e presença de convulsões.

As substâncias solventes evaporam rapidamente no ambiente e, por isso, são inaladas com facilidade. Em ambientes pouco ventilados, é possível sentir os efeitos como os que foram relatados pela fotógrafa.

Como se proteger

Especialistas recomendam que os passageiros permaneçam com as janelas abertas durante a corrida para que essas substâncias sejam dispersadas do veículo.

Outra ação efetiva que pode ser tomada é a utilização de máscaras de proteção, como as usadas durante a pandemia de covid-19, em especial a N95. Elas são eficazes, nesses casos, pois vedam a passagem de substâncias, facilitando a ação das vítimas que passem por situações como a da fotógrafa.

Em nota, após o ocorrido, a empresa 99 também pontuou que recomenda a opção de compartilhamento de rota com contatos que sejam de confiança, bem como o monitoramento das corridas, gravação de áudio e o acionamento de um botão para efetuar uma ligação direta para a polícia.

As denúncias para casos como o de Bruna Custódio podem ser feitos por meio do aplicativo da 99, ou pelo telefone: 0800-888-8999.

Com informações do portal Metrópoles.

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