Hepatite aguda infantil gera preocupação no mundo e Brasil investiga casos suspeitos
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Casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil acenderam um alerta. Cerca de 230 relatos de casos já foram registrados no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que os primeiros registros da doença surgiram em abril na Grã-Bretanha. No Brasil, há nove casos suspeitos da hepatite misteriosa e o Ministério da Saúde investiga registros em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.
A hepatite é uma inflamação que ataca o fígado e suas causas estão relacionadas a infecções ou intoxicações por medicamentos ou drogas. Os vírus que provocam a doença são conhecidos como A, B, C, D e E.
Porém, segundo a OMS, no caso dessa nova forma da doença, 20 países já relataram que aproximadamente 230 crianças apresentaram hepatite aguda, porém sem nenhuma relação com as classificações já conhecidas pela ciência. Especialistas apontam que as possíveis causas podem estar relacionadas com a infecção por adenovírus, que ataca especificamente órgãos respiratórios e digestivos.
No Brasil, secretarias estaduais informaram dois casos no Paraná, seis no Rio de Janeiro, sete em São Paulo e seis no Rio de Janeiro, estado em que um bebê de 8 meses morreu com suspeita da doença. O Ministério da Saúde segue monitorando os casos e descartou qualquer relação da doença com a vacina contra a Covid-19.
Sintomas e prevenção
Os pais precisam ficar atentos aos sintomas da doença nas crianças. Diante de qualquer suspeita de hepatite, elas devem ser encaminhadas imediatamente a um serviço de saúde para serem diagnosticadas e, posteriormente, tratadas.
A hepatite se manifesta através do surgimento de uma cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos, chamada de icterícia. A urina também fica escura.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomenda o uso de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar. Tais medidas podem prevenir infecções.
Também é de suma importância que os pais vacinem seus filhos pelo sistema público de saúde, de acordo com o calendário de imunização, visto que atualmente as crianças já podem ser vacinadas contra dois tipos de hepatite conhecidos, a hepatite A e a B.
