De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados na sexta-feira, 06, o litro da gasolina passou por uma nova elevação no preço pela quarta semana seguida, voltando a marcar recorde nos postos de combustíveis do país.
Nesta semana, o preço médio do litro da gasolina atingiu R$ 7,295, uma alta de 0,16% em relação ao levantamento anterior. Esse pode ser considerado o maior valor pago por consumidores desde que a ANP passou a realizar levantamentos semanais dos preços. Até então, o pico havia sido registrado em pesquisa realizada entre os dias 24 e 30 de abril, período em que o preço da gasolina atingiu R$ 7,283 o litro.
A disparada dos preços já vem sendo sentida em muitas regiões do Brasil, como é o caso do município de General Thaumaturgo, no Acre, em que o custo do litro de gasolina passa de R$ 10. Em Tubarão, em Santa Catarina, o preço do litro alcançou a marca de R$ 8,999.
Outros combustíveis, como etanol e diesel, também passaram por reajustes. Segundo o balando da ANP, o diesel obteve elevação de 0,30%, passando para R$ 6,630 o litro. Com queda de 1,77%, passando para R$5,441 o litro, o etanol tornou-se uma opção vantajosa para os donos de carros flex em cinco Estados brasileiros, considerando os preços médios. São eles: São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Piauí.
Disparada nos preços
Desde 2016, a Petrobras adotou o modelo chamado de Preço de Paridade de Importação (PPI), após anos praticando preços controlados, especialmente no governo de Dilma Rousseff. Com o PPI, os preços cobrados nas refinarias são orientados de acordo com as flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio.
Ainda na sexta-feira, 06, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou que a empresa vai continuar seguindo os preços de mercado, enxergando ser essa uma forma de gerar riqueza para a sociedade e evitar o desabastecimento.
Na quinta-feira, 05, a estatal anunciou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões durante o primeiro trimestre deste ano. Isso representa alta de 3.718,4% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou R$ 1,16 bilhão.
A disparada nos preços dos combustíveis também tem relação direta com o forte clima de instabilidade no cenário internacional, após a Rússia invadir a Ucrânia, evento esse que gerou impactos pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.
