Polícia de São Paulo abre investigação para apurar caso de racismo no metrô; ato gerou revolta em passageiros

 Polícia de São Paulo abre investigação para apurar caso de racismo no metrô; ato gerou revolta em passageiros

Imagem: Reprodução/Twitter

A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação sobre um caso de racismo que teria ocorrido na noite de segunda-feira, 2, em um vagão na Linha 1 – Azul do Metrô. O episódio gerou protestos e revoltou os passageiros, escalando para um princípio de tumulto na estação Ana Rosa, na Vila Mariana, zona sul da capital.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela vítima, Welica Ribeiro, ela estava acompanhada dos pais e irmão, que residem no Rio de Janeiro, quando uma mulher branca e loira questionou se Welica poderia “tirar o cabelo” de perto dela, pois a proximidade poderia “passar alguma doença”. Indignado, imediatamente o irmão de Welica gravou parte da discussão. Outros passageiros, que estavam presentes, protestaram na estação Ana Rosa, com gritos de “racista, racista”, além de bloquearem a saída da estação até a polícia chegar.

A mulher branca saiu do local sob escolta de seguranças do metrô. O Metrô informou que houve o desentendimento entre duas passageiras, sendo uma delas acusada de injúria racial. “Os agentes de segurança do Metrô atuaram na proteção das partes. A PM foi acionada e as encaminharam para a delegacia”, diz a nota.

Os envolvidos foram parar no 27º DP (Distrito Policial), no Campo Belo, também zona sul. No termo de depoimento que o irmão da vítima, Jonatan, prestou, Agnes Vajda é o nome apontado como sendo o da mulher que proferiu as ofensas. Nas redes sociais, ela se identifica como assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo.

Para a reportagem do portal G1, Welica afirmou que “espera que as pessoas entendam de uma vez por todas que somos iguais, somos seres humanos. A gente nasce igual todo mundo, a gente vai terminar como todo mundo, que não existe melhor do que ninguém. As pessoas precisam entender que precisamos ser respeitados, não porque somos negros, mas porque somos seres humanos e a gente merece respeito“.

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